Rosa de Sangue, hoje uma homenagem a Lula Côrtes, sempre, uma homenagem a Seu Zé Rozemblit…

Fiz este documentário como conclusão de curso de jornalismo. Rosa de Sangue narra a história da primeira gravadora totalmente independente da América Latina, a Rozemblit. Sabe conde ela ficava? Na Estrada dos Remédios, aqui em Recife. O artista chegava com sua partitura ou composição embaixo do braço, entrava lá, gravava, criava e produzia a capa, prensava seu disco e saia de lá com ele embaixo do braço.

A Rozemblit e seus subselos foram responsáveis pelos lançamentos dos maiores clássicos do Frevo, nas vozes de Capiba, Nelson Ferreira, através de seu selo Mocambo. Através do selo Solar, capitaneado pelo querido e saudoso Lula Côrtes e Kátia Mesel, a Rozemblit lançou a geração udigrudi da década de 70, como Paêbiru,  Marconi Notaro no Subreino dos Metazoários, Flaviola e o Bando do Sol, Lula Côrtes e seu belíssimo disco, Satwa, trilha sonora básica de Rosa de Sangue e tantos outros.

Essas e outras histórias de glórias e tristezas são narradas nesse pequeno e humilde documentário.

Agradeço sempre a oportunidade única de ter feito as entrevistas diretamente com mente visionária por trás da Rozemblit, o Seu Zé Rozemblit, que não atendia jornalista nenhum,  nem ninguém para falar sobre sua história, mas, me atendeu em sessões terapêuticas que duraram semanas e viraram este documentário aqui. Vale a pena conhecer esse pedaço da história da música brasileira.

Parte 1:

[tube]http://www.youtube.com/watch?v=CtLAiQ72C_k[/tube]

Parte 2:

[tube]http://www.youtube.com/watch?v=tru2QUiePi8[/tube]

4 comentários sobre “Rosa de Sangue, hoje uma homenagem a Lula Côrtes, sempre, uma homenagem a Seu Zé Rozemblit…”

  1. Não somente brilhante, mas importante resgate histórico da contribuição da gravadora Rozemblit e seu selo Mocambo como empreendimento pioneiro da música pernambucana, nordestina e brasileira da América Latina; através da pessoa do Seu Zé Rozemblit. Rosa de Sangue, documentário/tese – com sua pernambucanidade poética (parafraseando Jomar Muniz) – trás em seu bojo para a geração atual e futura, do nosso papel desempenhado no universo musical brasileiro. Relembrar, mestres do naípe de Capiba e Nelson Ferreira e sua representatividade genuína para o nosso Frevo – via selo Mocambo e o saudoso Lula Côrtes capitão-mor do selo Solar – propulsor da geração udigrudi, anos 70; é redimensionar, sem “barrismo”, a história da MPB – antes relegada somente a região sudeste do nosso País.
    Parabéns visionária e futurista Melina Hickson.
    Paulo Augusto Menezes.

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